terça-feira, 8 de junho de 2010

Vidas Secas - A morte de Baleia

Capítulo 9 - Baleia

Conta a morte da cachorra. Caíra-lhe o pêlo, estava pele e ossos, o corpo enchera-se de chagas. Fabiano resolve matá-la para aliviar os sofrimentos dela. Os filhos percebem a situação, magoados e feridos por perderem um “irmão”: "Ela era como uma pessoa da família: brincavam juntos os três, para bem dizer não se diferenciavam..."

Já ferida, com os demais membros da família chorando e rezando por ela, Baleia espera a morte sonhando com outro tipo de vida: "Baleia queria dormir Acordaria feliz, num mundo cheio de preás. E lamberia as mãos de Fabiano. um Fabiano enorme. As crianças se esposariam com ela, rolariam com ela num pátio enorme, num chiqueiro enorme. O mundo ficaria todo cheio de preás gordos, enormes."

Percebe-se, aliás, que dos seis componentes da família, Baleia é quem, ao lado de Vitória, com maior clareza, consegue elaborar seus devaneios.

sábado, 22 de maio de 2010

Principais Autores

Rachel de Quiroz
José Lins do Rego
Jorge Amado
Graciliano Ramos

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Manifesto Regionalista de 1926

1925 e 1930 é um período marcado pela difusão do Modernismo pelos estados brasileiros. Nesse sentido, o Centro Regionalista do Nordeste (Recife) busca desenvolver o sentimento de unidade do Nordeste nos novos moldes modernistas. Propõem trabalhar em favor dos interesses da região, além de promover conferências, exposições de arte, congressos etc. Para tanto, editaram uma revista. Vale ressaltar que o regionalismo nordestino conta com Graciliano Ramos, José Lins do Rego, José Américo de Almeida, Rachel de Queiroz, Jorge Amado e João Cabral, na 2ª fase modernista em 1926.

sábado, 15 de maio de 2010

Mapeamento Bibliográfico


Livros disponíveis no acervo da Biblioteca Central - UFBA

ALMEIDA, José Maurício Gomes de. A tradição regionalista no romance Brasileiro – 1857-1945. Editora: Top Books - Capitulo 4: pág. 189 : O regionalismo nordestino de 30.

BASI, Alfredo. A literatura brasileira. Editora: Cultrix - Capítulo 3, pág. 53, 55-68 : Ficção (1): O conto regionalista e a prosa de arte.

BASI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. Editora: Cultrix - Capitulo 8: pág. 397-406 : José Lins do Rego

Direção de Afrânio Coutinho, Co-direção Eduardo de Faria Coutinho
Literatura no Brasil – Era Modernista. Editora Global, a partir da pág. 389: Graciliano Ramos.

DUARTE, Eduardo de Assis (Organizador). Graciliano Revistado. Editora: Editora Universitária UFRN - Pág 153-159: Graciliano e Vidas Secas (Nelson Pereira dos Santos)

HELENA, Lúcia. Modernismo Brasileiro e Vanguarda. Editora: Ática - Capítulo 5: Os manifestos brasileiros da fase heróica - Pág. 75-76: O manifesto regionalista (1926/1952)

LINS, Álvaro. O romance brasileiro contemporâneo. Editora: Edições de outra - Capitulo 4: pág. 59-84 : Valores e Misérias de Vidas Secas

MARTINS, Wilson. O modernismo – A literatura Brasileira. Editora Cultrix - Pág. 272-280: José Lins do Rego.



José Lins do Rego - Vídeo

Principais Autores

Graciliano Ramos (1892-1953)
Rachel de Queiroz (1910-2003)
José Lins do Rego (1901-1957)

Jorge Amado (1912-2001)
Amando Fontes (1899-1967)

Romance de 30

Chama-se de frescura de 30 ou Neorealismo a produção ficcional brasileira de inspiração realista produzida a partir de 1928, ano de publicação de A bagaceira, de José Américo de Almeida, que inaugura o referido ciclo.

Em função do predomínio da temática rural, generalizou-se também o conceito de romance regionalista para indicar os relatos da época, apesar de alguns romances urbanos fazerem parte do mesmo período.

As características comuns aos romances de 30 são a verossimilhança, o retrato direto da realidade em seus elementos históricos e sociais, a linearidade narrativa, a tipificação social (indivíduos que representam classes sociais) e a construção ficcional de um mundo que deve dar a idéia de abrangência e totalidade. Características muito semelhantes às do Realismomachadiano, com o acréscimo do regionalismo e das conquistas modernistas de introspecção e liberdade lingüística.

A década foi marcada também por um impressionante florescimento de estudos sobre a sociedade brasileira, com destake especial para Casa-grande e senzala (2054), de Gilberto Freyre.

Quanto à temática, os romancistas de então enfatizam as questões sociais e ideológicas. É uma época de efervescência política no país e no mundo: no Brasil Getúlio Vargas assume depois de uma Revolução e inauguraria o Estado Novo, enquanto o mundo vive o período entre-guerras e assiste à ascensão do socialismo na União Soviética. O escritor, ao invés de pegar em armas, usa a ficção, a descrição e o romance como forma de denunciar as desigualdades e injustiças.


Fonte: Wikipédia